sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Monte Vista!?

Eu estou inclinado a acreditar que tudo não passou de algum delírio da minha mente, quando pisei em uma alavanca, o fogo queimou e dissipou qualquer vestígio daquelas inoportunas visões. E finalmente pude recolher a terceira peça do nosso quebra-cabeça. Voltei direto para a casa da Layla, esperando juntar as relíquias, o texto no papiro e encontrar algo relevante para o embate com os executivos da corporação.

Eva se instalou por lá, traçando planos contra o inimigo comum, mas a meu ver, preferiram ficar com ela como refém até que eu entregasse a última relíquia. A cabeça da resistência era versada nas línguas antigas do Egito e soube decifrar cada hieróglifo durante o curto tempo de minha busca. Com este trunfo em mãos deu a minha amiga a arma perfeita para desafiar o presidente da corporação e seu grupo de CEOs. A princípio eu não compreendi a necessidade de tal arma mágica para desbaratar a corrupção dentro da Morcucorp.


Mesmo quando ela confessou ser real a associação do grupo com os Illsiminati, não quis acreditar em sua loucura. Os Illsiminati são apenas parte da crendice do povo, como coelhinhos da Páscoa e Papai Noel. Grandes alquimistas que conspiram para dominar o mundo são retóricas de quem não tem explicação lógica e racional para acontecimentos ainda “inexplicáveis”. Mesmo assim fui convencido por Eva a concordar com o plano "infalível" de Layla e embarquei com ela, após uma semana de buscas no Egito, para Monte Vista.

Na Itália encontraríamos a sede da corporação e teríamos a chance de desmascarar o grupo como conspiradores. Na teoria parecia tudo muito fácil, mas na verdade tudo me parecia absurdo demais. Minha amiga maluca estava de acordo com toda aquela conversa e disposta a usar as armas fornecidas pela rebelde para colocar todo o bando na cadeia. Descrente de toda a situação, omiti minha opinião e embarquei com ela para Itália para enfrentar os vilões, sem imaginar como os enfrentaria pelo menos em igualdade de situação.

A visão daquela estupenda cidade da janela do avião desvaneceu todas as minhas dúvidas. Ter a oportunidade de conhecer um lugar tão lindo e distante da minha realidade foi o suficiente para estabelecer em mim alguma paz. A cidade é murada ao modo medieval onde a predominância da cerâmica vermelha em suas cores, o castelo com sua ponte levadiça, o rio correndo ao redor dos campos, as pontes milenares a ligar os recantos mais distantes...

Era tudo quente e contagiante, como só o verão na Itália poderia ser! Aqueles muros podiam esconder o que fosse, mesmo os mais vis alquimistas dos contos de terror. Eu estava disposto a colocar por terra nossos algozes, encontrar brechas em suas pedras filosofais e estourar uma a uma. Tudo o que restaria ali é uma cidade bela e plena de felicidade, livre de qualquer marginal, como Monte Vista merecia.


6 comentários:

  1. Monte Vista é tudo!! Eu vi a casa que estou daqui, hj olhando bem descobri que tem um cemitério logo atrás dela separado apenas por poucos Km T-T


    ;*

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    1. Deka, são quilômetros de distância. Poderia ser um problema se fossem metros...
      Mas concordo, Monte Vista é tudo!! Melhor só Shang Simla...

      Un câlin

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  2. Eu espero que essa sua aventura termine logo e termine bem! Para mim vc parece estar a cada dia entrando numa encrenca maior! Boa Sorte em Monte Vista!

    Beijooos

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    1. Não se preocupe. Eu estou inteiro e vivo para contar a história. Mas você está certa quanto a encrenca maior...

      Un câlin

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  3. Tá aí uma cidade que eu gostaria de conhecer... Não aquele fim de mundo onde só se vê areia... Monte Vista deve ter uns corredores bem... humm... convidativos. Quem sabe?

    Bjus molhados!

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    1. Não são só os corredores, as pontes, as torres... Quem sabe?

      besos calientes

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