domingo, 10 de março de 2013

Uma Aventura...

Mesmo desesperado para puxá-la em meus braços, não estava confiante para um primeiro passo. Fui surpreendido pelo seu corpo bater de encontro ao meu, seus braços envolvendo minha cintura e seu rosto se encaixando em meu peito. Logo após ouvi sua voz em um suave murmúrio:
– Senti sua falta. – foi o suficiente para retribuir o abraço e me entregar às sensações de seu corpo colado ao meu; seu perfume inebriante, sua pele de cetim, sua respiração quente em meu peito. Como se eu tivesse voltado ao lar. Se naquele momento ela me pedisse para largar a vida em Bridge e viver com ela ali, eu teria dito sim.

Eu a afastei e fixei em seus olhos por alguns instantes, acariciei seu rosto um tanto incrédulo. Sem uma palavra, nossas almas pareciam se comunicar. Parecia pronta para me amar, sem medos, sem entraves, sem desatinos. Sentia-me repleto de felicidade e júbilo, não necessitava de mais nada, só ter Mei assim, me olhando como se tivesse muito mais que seus vinte anos. Aprendi muito sobre ela e o amor com essa troca de olhar. Nosso amor está além da paixão, do desejo, do companheirismo. Era um encontro de almas afins e nosso destino era essa aproximação, pois tínhamos muito mais a compartilhar.

Naquele primeiro dia nossa união foi lenta e rara, não tivemos qualquer pressa de atingir o ápice dos nossos desejos. Preferimos manter nossos corpos unidos em um abraço de amor e reconhecimento. Se pudéssemos, passaríamos a noite toda unidos em corpo físico, mente e alma, mantendo nossos olhos focados. Contudo havia uma exigência física, a saciedade de nossos anseios, com o prazer único inigualável de verdadeiros amantes.

Foram dias idílicos, compartilhamos muitas coisas e descobri sua fascinação pelos segredos escondidos, nas cavernas e templos da vila. Convidei-a para me acompanhar em minha aventura no Covil do Dragão, não só me surpreendi por sua animação, como por sua facilidade em delegar os suprimentos para a expedição. Nunca havia estado na sala ampla camuflada pela grande porta de pedra e ficou admirada com a minha descoberta.

Mei me impressionou com sua disposição para ajudar, seja empurrando gigantes de pedras ou usando sua picareta sobre as pedras do caminho. Fiquei admirado com sua presteza e determinação, me auxiliando a cada passo do trajeto, dando opiniões sensatas e úteis. Mesmo se assustando com as armadilhas no percurso, admirada com a quantidade de salas e corredores, ela apreciou cada minuto.

Quando finalmente encontramos a tumba, desarmamos as armadilhas juntos. O mais estranho era observar uma tumba egípcia no coração de Shang Simla. Contudo o desfecho foi realmente impressionante. Fiquei abismado quando a múmia saiu de seu esconderijo para me atacar. Pela primeira vez minha amada tremeu, mas consegui vencer o embate. Quando a múmia se tornou pó, mais uma vez quase duvidei da minha sanidade. Contudo tinha minha companheira para partilhar a mesma visão!

Deixei-a em sua casa e fui ao centro comercial para fazer um pequeno relatório da aventura para meu contratante. Quando me contou que eu havia me tornado o herói estrangeiro de uma antiga lenda da região. Na crença popular um grande estrangeiro, vencedor do circuito e de punho forte, libertaria a população do jugo de Dong Hong o senhor do Covil do Dragão. Ao concluir a missão eu cumpri a antiga profecia!


9 comentários:

  1. Owwwn *--* Que bom que ela se recuperou do ciúme, espero que agora fique tudo bem entre vocês, é realmente maravilhoso quando encontramos a pessoa que nos completa <3 Ela é mais corajosa que eu, pq eu não entro mais nesses lugares empoeirados e cheio de armadilhas FATAÇO!


    ;*

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    1. Nem me fale, é tão raro encontrar uma mulher que curta me acompanhar nas aventuras... Só isso já me faz amá-la mais!Ela se empolgou com o passeio, como a maioria se empolga com o shopping.

      Un câlin

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  2. Vc sempre tão corajoso... A Mei tem sorte de ter um homem como vc como outra metade!

    Bjos

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    1. Obrigado! Mas ela também tem muita coragem. Somos os dois sortudos por nos encontrarmos.

      Un câlin

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  3. Mais uma vez: te invejo por tamanha habilidade e espírito aventureiro! E invejo-o também por ter encontrado uma mulher que te ama e não usa seus sentimentos... Fico feliz, Lamarca!
    Espero que tudo volte a se arrumar! Mais ainda quero conhecer seu dojô em Bridge kkkk'

    Abraços!

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    1. Não precisa invejar, para ir em alguma aventura é melhor seguir os instintos e ter uma dose de coragem. Todo ser humano tende a necessitar algo do outro, por isso vivemos em sociedade. De um modo ou de outro sempre desejamos algo em troca, seja uma noite de amor, ou um passeio em Paris todo pago. O importante são esses desejos estarem em sintonia com o outro.
      Obrigado! Em breve terá notícias do dojô.

      Un câlin

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  4. Eu ia fazer uma piada com a Mei e a Múmia, mas melhor deixar pra lá... É mais legal só na minha cabeça.
    Bjusssssssssssss

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    1. Por que tenho a impressão que não gostaria muito da piada? Então, devo dizer que está certíssima!

      Besos

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    2. Não gostaria mesmo... hahahahaha
      Bjusssssssssssss

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